Solenidade de São José

 

19 de março a Igreja católica celebra a solenidade de São José, esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria, Padroeiro da Igreja Universal.

José é o elo entre o Antigo e o Novo Testamento. É o último dos patriarcas. Para destacar este caráter especial de José, o evangelho de São Mateus se apraz em atribuir-lhe “sonhos”, a exemplo dos grandes patriarcas, fundadores do povo judeu. A fuga de José com sua família para o Egito repete, de certa forma, a viagem do patriarca José, para que nele e em seu filho Jesus se cumprisse o novo Êxodo. Ainda em São Mateus, vemos como foi dramático para esse grande homem de Deus acolher, misteriosa, dócil e obedientemente, a mais suprema das escolhas: ser Pai Adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Messias, o Salvador do mundo. “Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa” (Mateus 1,24).

Diz-se que casou-se com Maria aos 30 anos de idade. Diz-se também que morreu aos 60 anos de idade, antes do início da vida pública de seu Filho Jesus Cristo. Sabemos que ele era um carpinteiro, um trabalhador, tanto que, em Nazaré, perguntaram em relação a Jesus: “Não é este o filho do carpinteiro?”. Ele não era rico, tanto que, quando ele levou Jesus ao Templo para ser circuncidado, e Maria para ser purificada, ele ofereceu o sacrifício de um par de rolas ou dois pombinhos, permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro.

A missão de José na história da salvação consistiu em dar a Jesus um nome, fazê-lo descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas. Sua pessoa fica na penumbra, mas o Evangelho nos indica as fontes de sua grandeza interior: era um “homem justo”, de uma fé profunda, inteiramente disponível à vontade de Deus, alguém que “esperou contra toda esperança”.

Sua figura quase desapareceu nos primeiros séculos do cristianismo, para que se firmasse melhor a origem divina de Jesus. Mas já na Idade Média, São Bernardo, Santo Alberto Magno e São Tomás de Aquino, lhe dedicaram tratados cheios de devoção e entusiasmo. Desde então, seu culto não tem feito senão crescer continuamente.

Pio IX declarou-o Patrono Universal da Igreja. Leão XIII propunha-o como advogado dos lares cristão. Em nossos dias foi declarado modelo dos operários. Além de “homem justo”, José foi cuidadoso guardião de Jesus, esposo atento e fiel, que exerceu a autoridade familiar numa constante atitude de serviço.