Orações diárias

SANTÍSSIMA TRINDADE
1. SINAL-DA-CRUZ

Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos, Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

2. GLÓRIA AO PAI
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

3. ATO DE FÉ
Meu Deus, creio firmemente em todas as verdades que nos revelaste e que nos ensinas por tua Igreja,
porque não te podes enganar nem nos enganar.

4. ATO DE ESPERANÇA
Meu Deus, espero com firme confiança que me concederás, pelo mérito de Jesus Cristo, tua graça neste mundo
e a felicidade eterna no outro, porque assim o prometeste e sempre és fiel a tuas promessas.

5. ATO DE CARIDADE
Meu Deus, amo-te com todo o meu coração e sobre todas as coisas, porque és infinitamente bom e amável.
Prometo, com a tua graça, amar o meu próximo como a mim mesmo por teu amor.

6. ATO DE CONTRIÇÃO
Meu Jeus,
meu bom Jesus,
que por mim morreste na cruz,
perdoa os meus pecados.
Já não qero mais pecar.
Amém.

7. PAI-NOSSO
Pai nosso, que estais no céu, santificando seja o vosso nome; venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade,
assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

8. CREIO: SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS
Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor.
Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo. Nasceu da Virgem Maria. Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado,
morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos. Ressuscitou ao terceiro dia. Subiu aos céus, está sentado à direita de
Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica,
na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.

9. INVOCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor.
- Enviai o vosso Espírito e tudo será criado.
- E renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente
todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

VIRGEM MARIA

10. AVE MARIA
Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

10. CONSAGRAÇÃO A MARIA SANTÍSSIMA
Ó minha Senhora e minha mãe! Eu me ofereço todo a vós e, em prova de minha devoção para convosco, vos consagro neste dia
os meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e inteiramente todo o meu ser. E porque sou vosso, ó incomparável
Mãe, guardai-me e defendei-me como vosso filho. Amém.

12. O ANJO DO SENHOR
- O anjo do Senhor anunciou a Maria...
- E ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria...
- Eis aqui a serva do Senhor...
- Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
Ave, Maria...
- E o verbo se fez carne...
- E habitou entre nós.
Ave, Maria...
- Rogai por nós, santa Mãe de Deus...
- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

ROSÁRIO

13. OFERECIMENTO
Divino Jesus, nós vos oferecemos este terço que vamos rezar, contemplando os mistérios da nossa redenção.
Concedei-nos, por intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem nos dirigimos, as virtudes que nos são
necessárias para rezá-lo bem e a graça de ganhar as indulgências desta santa devoção.
Em seguida, segurando a cruzinha do rosário ou terço, para atestar nossa fé em todas as verdades ensinadas por
Cristo, reza-se o Creio. Depois, presta-se homenagem à Santíssima Trindade:
- com um pai nosso, três ave-marias e um glória ao Pai; a primeira ave-maria em honra a
Deus Pai que nos criou; a segunda, a Deus Filho que nos remiu; a terceira, ao Espírito Santo que nos santifica.
Em cada mistério, reza-se um pai nosso, 10 ave-marias, um glória ao Pai e a jaculatória:
Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei
principalmente as que mais precisarem.

14. ORAÇÃO
Suplicantes vos rogamos, Senhor Deus, que concedais a vossos servos gozar sempre saúde do corpo e da alma e que,
pela intercessão gloriosa da bem-aventurada Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e gozemos a eterna alegria,
por Cristo nosso Senhor. Amém.

15. MISTÉRIOS GOZOSOS (Segundas-feiras e sábados)

1º A anunciação – No primeiro mistério, comtemplamos a anunciação do Arcanjo São Gabriel a Nossa Senhora.
2º A visitação – No segundo mistério, contemplamos a visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel.
3º O nascimento – No terceiro mistério, contemplamos o nascimento do menino Jesus em Belém.
4º A apresentação – No quarto mistério, contemplamos a apresentação do menino Jesus no templo e a purificação de Nossa Senhora.
5º O encontro – No quinto mistério, contemplamos a perda e o encontro do menino Jesus no Templo.

16. MISTÉRIOS DOLOROSOS (Terças e sextas-feiras)
1º A agonia – No primeiro mistério, comtemplamos a agonia de Cristo Nosso Senhor, quando suou sangue no horto.
2º A flagelação – No segundo mistério, contemplamos a flagelação de Jesus Cristo atado à coluna.
3º A coroação – No terceiro mistério, contemplamos a coroação de espinhos de Nosso Senhor.
4º A subida do Calvário – No quarto mistério, contemplamos Jesus Cristo carregando a Cruz para o Calvário.
5º A morte – No quinto mistério, contemplamos a crucifixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

17. MISTÉRIOS GLORIOSOS (Quartas-feiras e domingos)
1º A ressurreição – No primeiro mistério, comtemplamos a ressurreição de Cristo Nosso Senhor.
2º A ascensão – No segundo mistério, contemplamos a ascensão de Nosso Senhor ao céu.
3º A vimda do Espírito Santo – No terceiro mistério, contemplamos a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos,
reunidos com Maria Santíssima no Cenáculo, em Jerusalém.
4º A assunção – No quarto mistério, contemplamos a assunção de Nossa Senhora ao céu.
5º A coroação – No quinto mistério, contemplamos a coroação de Nossa Senhora no céu como Rainha de todos os anjos e santos.

18. MISTÉRIOS LUMINOSOS (Quintas-feiras)
1º O Batismos de Jesus – No primeiro mistério, comtemplamos Jesus que ao ser batizado no Rio Jordão, o céu se abre,
e o Pai o proclama o Filho bem amado.
2º Jesus faz o seu primeiro milagre – No segundo mistério, contemplamos o primeiro milagre de Jesus em Caná,
transformando a água em vinho.
3º Jesus anuncia o Reino de Deus – No terceiro mistério, contemplamos Jesus pregando seus ensinamentos
e anunciando o Reino de Deus.
4º Jesus se transfigura – No quarto mistério, contemplamos a transfiguração de Jesus e os apóstolos que ouvem a voz do Pai:
“Este é meu filho amado”.
5º Jesus institui a Eucaristia – No quinto mistério, contemplamos Jesus que se oferece ao Eterno Pai por nós,
dando-nos o seu próprio Corpo e Sangue.

19. AGRADECIMENTO
Infinitas graças vos damos , soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossa mãos liberais. Dignai-vos,
agora e para sempre, tomar-nos debaixo de vosso poderoso amparo e, para mais vos obrigarmos,
vos saudamos com uma salve-rainha:

20. SALVE-RAINHA
Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva.
A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esse vossos olhos misericordiosos a
nós volvei, e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
- Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

ORAÇÕES DIVERSAS

21. Oração a São José
São José, tu foste a árvore abençoada por Deus, não para dar frutos, mas para dar sombra; sombra protetora de Maria, tua esposa; sombra de Jesus, que te chamou de pai e ao qual tu te entregaste totalmente; tua vida. feita de trabalho e de silêncio, me ensina a ser eficaz em todas as situações; me ensina, acima de tudo, a esperar na obscuridade firme na fé; sete dores e sete alegrias resumem tua existência: foram as alegrias de Cristo e de Maria, expressão de tua dedicação sem limites. Que teu exemplo me acompanhe em todos os momentos: florescer onde a vontade do Pai me colocou; saber esperar, entregar-me sem reservas, até que a tristeza e a alegria dos outros sejam minha própria tristeza e minha própria alegria. Amém.

22. Ao Anjo da Guarda
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa, ilumina. Amém.

23. Oração da manhã
Senhor, no silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-te força, sabedoria, paz. Quero olhar hoje o mundo com olhos cheios de amor; ser paciente, compreensivo, justo, equilibrado; quero ver, além das aparências, teus filhos, como tu os vês, e assim só ver o bem em cada um. Cerra meus ouvidos a toda calúnia, guarda minha língua de toda a maldade. Que só a concórdia viva o meu espírito. Seja eu tão bom e alegre que todos quantos se achegarem a mim sintam a tua presença. Reveste-me interiormente de tua beleza, Senhor,e no decurso deste dia eu te revele a todos. Amém.

24. Oração da noite
Obrigado, Senhor, por tudo o que consegui fazer hoje. Para minha comunidade para quem trabalhei, pelos amigos que me deste. Dá gosto, Senhor, trabalhar contigo na construção de uma humanidade mais feliz e de um mundo mais humano. No entanto, Senhor, te peço perdão por aquilo que poderia ter feito e não fiz. Poderia ter dado e exigido um pouco mais de mim. Amanhã, porém, terei uma nova oportunidade. Farei aquilo que estiver dentro de minhas possibilidades. Espero encontrar-te novamente amanhã, fortalecido com tua graça, para realizar os propósitos que hoje renovo na tua presença. Amém.

25. Oração para antes das refeições
Senhor, que nos dás a alegria de estar á volta desta mesa; reúne-nos todos, um dia, no banquete do céu. Abençoa, Senhor, esta mesa e todos aqueles que a prepararam; e ajuda-nos também a repartir o nosso pão com aqueles que não o têm.

26. Oração para depois das refeições
Senhor, obrigado pelos teus dons; obrigado por este alimento que nos permite melhor te servir em cada um de nossos irmãos.

27. Oração do enfermo
Senhor, coloco-me diante de ti em atitude de oração. Sei que tu me vês, que tu me penetras, me ouves. Sei que estou em ti e que tua força está em mim. Olha para este meu corpo marcado pelo sofrimento e triturado pela enfermidade. Tu sabes, Senhor quanto me custa sofrer. Sei que tu não te comprazes com o sofrimento de teus filhos.

28. Oração no desânimo
Meu Deus, a ti eu clamo: dentro de mim há trevas, mas em ti encontro a luz. Estou sozinho, mas tu não me abandonas. Estou desanimado, mas em ti encontro auxílio. Estou inquieto, mas em ti encontro a paz. Dentro de mim há amargura, mas em ti encontro paciência. Não compreendo teus planos, mas tu conheces o meu caminho.

29. Oração para antes e depois do trabalho
Inspira nossas ações, Senhor, e acompanha-as com teu auxilio, para que qualquer das nossas atividades tenha sempre em ti o seu início e o seu cumprimento. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

30. Oração antes de ler a Bíblia

Meu Senhor e meu Pai! Envia te Santo Espírito para que eu compreenda e acolha tua Santa Palavra! Que eu te conheça e te faça conhecer, te ame e te faça amar, te sirva e te faça servir, te louve e te faça louvar por todas as criaturas. Faze , ó Pai, que pela leitura da Palavra os pecadores se convertam, os justos perseverem na graça e todos consigamos a vida eterna. Amém.

31. Oração para iniciar uma reunião
Senhor, aqui estamos reunidos em teu nome, desejosos de construir teu Reino. Que o Espírito Santo, que enviaste aos nossos corações e mantém viva tua presença em nós, nos ensine o que devemos refletir e os passos que devemos dar, para que, fortalecidos com tua graça, possamos realizar teus desígnios. Sê tu, Espírito Santo, o inspirador do nosso discernimento.
Ensina-nos a escutar os outros, a nos deixar iluminar por suas luzes. Ensina-nos a propor e não a impor e faze que busquemos sempre a verdade. Livra-nos da cegueira de quem acredita ter razão, dos favoritismos, de toda acepção de pessoas e da auto-suficiência. Une-nos a ti para que nunca nos afastemos da verdade. Amém.

32. Oração para final de reunião
Senhor, nós te damos graças por este encontro no qual compartilhamos nossas alegrias e esperanças, ilusões e desilusões, projetos e dificuldades. Nós te damos graças também por tua bondade e tua presença entre nós. Faze que cresça entre nós o espírito fraterno, tenhamos um só coração e uma só alma e sejamos uma comunidade evangelizadora.

33. Oração pelas vocações
Jesus, Mestre divino, que chamaste os apóstolos a vos seguirem, continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias e pelas nossas escolas, e continuai a repetir o convite a muito de nossos jovens. Dai coragem às pessoas convidadas, dai força para que vos sejam fiéis como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas, para o bem do povo de Deus e de toda a humanidade. Amém!
VIVÊNCIA NA FÉ

Os sacramentos

1 – Batismo
2 – Crisma ou Confirmação
3 – Eucaristia
4 – Confissão ou Penitência
5 – Extrema Unção
6 – Ordem
7 – Matrimônio

Os Dez Mandamentos da Lei de Deus

1º Amar a Deus sobre todas as coisas
2º Não invocar o nome de Deus em vão
3º Guardar domingos e festas
4º Honrar pai e mãe
5º Não matar
6º Não pecar contra a castidade
7º Não furtar
8º Não levantar falso testemunho
9º Não desejar a mulher do próximo
10º Não cobiçar as coisas alheias

Os Cinco Mandamentos da Igreja

1º Ouvir missa inteira nos domingos e festas de guarda
2º Confessar-se ao menos uma vez por ano
3º Comungar ao menos uma vez pela Páscoa da ressurreição”
4º Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja”
5º Pagar o dízimo, segundo o costume

Os dons do Espírito Santo
Os dons do Espírito Santo são sete: sabedoria, inteligência,
conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor a Deus.

Os Frutos do Espírito Santo

Os Frutos do Espírito Santo são doze: caridade, alegria, paz, paciência,
longanimidade, bondade, benignidade, mansidão, fidelidade, modéstia, continência, castidade.

VISÃO GERAL DO CATECISMO

HISTÓRICO

Segundo o Papa João Paulo II, o Novo Catecismo (CIC) constituí-se um ods maires eventos da história recente da igreja.
É fruto de 20 longos anos de trabalho, envolvendo toda a igreja a partir do Vaticano II:

1962-1965: surge, durante a realização do Concilio Vaticano II, a idéia de elaborar o Novo Catecismo da Igreja Católica.

1967: a idéia é reafirmar no Sínodo dos Bispos.

1977: é formulado o pedido da elaboração do Catecismo.

1985: é proposta no Sínodo extraordinário, uma Comissão Especial para elaborar o projeto de um Catecismo, extensivo a toda a Igreja.

1986: é criada uma Comissão de Cardeais e Bispos para elaborar o projeto.

1989: o conteúdo do Catecismo é definido, mediante uma consulta ao episcopado do mundo inteiro.

1992: (dia 25 de junho): o Novo Catecismo é aprovado pelo Papa João Paulo II.

1992: (dia 7 de dezembro): é divulgado para toda a igreja.

1993: é realizada a tradução do CIC para a lingua portuguesa.

CARACTERISTICAS

Podem ser resumidas nesses pontos:

* atém-se aos conteúdos principais das verdades da fé;
* pretende ser resumido, simples e claro;
* não se preocupa com as diferenças existentes nas diversas culturas, mas procura oque é comum e válido para os cristãos do mundo todo;
* é apresentado de modo a permitir uma adaptação e inculturação ás diversas circunstâncias de tempos e lugares;
* apresenta os conteúdos de forma organizada;
* baseia-se mais na afirmação do que na argumentação, isto é, anuncia a verdade cristã com segurança, evitando opiniões teológicas controvertidas.

DESTINATÁRIOS

O Catecismo é destinado principalmente aos responsaveis pela catequese:
*Bispos: enquanto doutores da fé e pastores da igreja. É oferecido a eles como instrumento no cumprimento do seu oficío de ensinar ao povo de Deus.
*A toda pessoa que indague a razão da esperança cristã e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê. Nesse sentido, pretende dar apoio aos esforços ecumênicos.
* Redatores de catecismos, presbíteros e catequistas.
* Fiéis cristãos.
*A toda pessoa que indague a razão da esperança cristã e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê. Nesse sentido, pretende dar apoio aos
esforços ecumênicos.

Estrutura

O Catecismo apóia-se nos quatro pilares da fé católica, que são o Credo ( = Símbolo apostólicol), os Sacramentos, os Mandamentos e o
Pai-nosso. Daí ele estar dividido em quatro partes, correspondentes a cada um desses pilares:

1- O QUE A IGREJA CRÊ

A profissão de fé - É a fé professada a partir da revelação divina, com base na palavra de Deus.
É a dimensão querigmática da fé, ou seja, do anúncio dos elementos essenciais da fé cristã, contidos na Tradição e nos Evangelhos.

1. Eu Creio - Nós Cremos

O homem é *capaz* de Deus - Nesta parte o catecismo procura expor e transmitir os dados da fé confessada. O homem é *capaz* de Deus, apresenta a possibilidade, necessidade e limites do conhecimento natural de Deus. O fundamento do conhecimento *natural* de Deus está
na capacidade do homem de procurar e encontrar Deus. Essas vias foram propostas por vários pensadores. O texto retoma as *cinco vias to-
mistas*, o Catecismo no entanto não quer adotar nenhuma, apenas indica.

Deus vem ao encontro do homem - Depois apresenta a revelação divina pela qual Deus se antecipa ao homem, isto é, Deus vem ao encontro
do homem. O catecismo apresenta os traços fundamentais da Revelação: em que consiste, os conteúdos que a formam, o fim ao qual tende.
A transmissão da revelação consiste em: revelação através da natureza, através da história de Israel e através dos profetas. Jesus Cristo é o
mediador e plenitude da revelação. Em seguida, entra no campo da Sagrada Escritura: a inspiração, a verdade, o Espírito Santo como intérprete da Escritura, o cânon e a Sagrada Escritura na vida da Igreja.
A resposta do homem a Deus - Começa com uma citação da Dei Verbum, que facilita a compreensão da fé como encontro com a revelação de
Deus e permite uma leitura em chave interpessoal. O que define a fé para o Catecismo é a *obediência*. O ato de fé consiste em um ato livre e
plenamente consiste. A análise do ato de fé comporta três temas: a ação de graças, a certeza da verdade, a condição da liberdade pessoal.

2. O símbolo da fé

A profissão da fé cristã - É feita por ocasião do batismo. O Símbolo da fé está dividido em três partes: primeiro fala-se da primeira Pessoa divina e da obra admirável da criação, daí nasce o capítulo primeiro desta seção que é Creio em Deus Pai. Em seguida da segunda Pessoa
divina e do Mistério da Redenção dos homens, daí nasce o segundo capítulo que é Creio em Jesus Cristo, Filho único de Deus. Finalmente,
fala-se da terceira Pessoa divina, fonte e princípio da nossa santificação; nasce assim o terceiro capítulo que é Creio no Espírito Santo.

II - O QUE A IGREJA CELEBRA

A celebração do Mistério cristão - Sacramentos, Sacramentais e religiosidade popular. É a fé celebrada, principalmente na
Liturgia. Trata-se da dimensão litúrgica da fé.

1. Liturgia

É a *celebração do mistério cristão*, a sua atualização, para que os homens e os povos, na gerações sucessivas, participem da sua santidade
e se preparem para a glória.
O Catecismo ressalta fortemente o fato de a liturgia, que celebramos sobre a terra, nos pôr em comunhão com a liturgia eterna, na qual tudo é comunhão e festa de Deus com os anjos e os santos.
Também ressalta a qualidade festiva da liturgia. Esta segunda parte é inteiramente dedicada ao aprofundamento teológico-pastoral da liturgia e a apresentação das ações cultuais da Igreja, com referência particular aos sacramentos.

2. A liturgia sacramental

Aprofunda o significado da liturgia à luz da categoria bíblico-cristã da *sacramentalidade*. A liturgia é antes de mais nada e primariamente
a obra de Deus, a ação unitária e trinitária de Deus Pai, a quem corresponde toda iniciativa que, mediante seu Filho enviado ao mundo, nos
dá o Espi[írito Santo.
Após ter apresentado o mistério pascal no tempo da Igreja, o novo Catecismo passa a abordar celebração sacramental, daí surgem quatro
proposições: quem celebra?, como celebra?, quando celebrar?, onde celebrar?

3. Os sete sacramentos da Igreja

No tratado dos sacramentos, o novo Catecismo avança seguindo três caminhos: considera, antes de mais nada, o que é comum aos sete
sacramentos da Igreja, sob o ponto de vista doutrinal e sob ponto de vista litúrgico-celebrativo, para passar, depois, a tatar de cada um dos
sacramentos naquilo que é próprio de cada um deles. aborda a doutrina dos sacramentos, a sua instituição, a orientação cristológica.
Apresenta os aspectos comuns à celebração dos sacramentos: sujeito, sinais/símbolos, tempo, lugar, pluralismo dos ritos. Na apresentação
de cada um dos sacramentos da Igreja, desenvolve-o, de acordo com uma grande metodológica comum, partindo do nome do sacramento,
aprofundando sempre mais o significado bíblico e litúrgico, tocando também em eventuais problemas particulares de natureza jurídico-pastoral.
O novo Catecismo expõe os sacramentos em três blocos. No primeiro: os sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia). No segundo: os sacramentos da cura (Penitência e Unção dos Enfermos). No Terceiro: os sacramentos que estão a serviço e da comunhão e da missão da Igreja (Matrimônio e Ordem).

III - O QUE A IGREJA VIVE

A vida em Cristo - Moral Cristã: dignidade humana, a comunidade humana os dez mandamentos. Trata-se da fé vivida através do testemunho em palavra, serviço, koinonia (comunhão e comunidade), fundamentais na fé.

1. A vida no Espírito Santo 

Trata-se da vocação do homem no Espírito, Constitui uma ampla introdução em que se põem os fundamentos da vida moral, definem-se as
suas orientações e determina o seu espírito. Numa linguagem mais técnica, trata, em linhas gerais, de desenhar o perfil daquilo que se chama
a moral geral, distinguindo-o da moral especial, que está explicitada na segunda seção, constituída pelos mandamentos.

2. A dignidade da pessoa humana 

A pessoa é considerado na sua dignidade de imagem de Deus e na sua vocação. Aqui são tratados os temas: o homem imagem de Deus, a
nossa vocação à bem-aventurança, a liberdade humana, a moralidade dos atos humanos, moralidade das paixões, consciência moral, as virtudes, o pecado.

3. A dignidade humana 

O homem é considerado no seu ser social e nos seus vínculos de solidariedade. Trata-se dos temas: a pessoa e a comunidade, a participação
na vida social, e a justiça social.

4. A salvaçãode Deus

A lei e a graça, isto é, a iniciativa de Deus, que se exprime no duplo dom que faz ao homem, em vista da sua vocação: a lei e a
graça. Aqui são tratados os temas: a lei moral; a graça e a justificação; a Igreja, mãe e educadora.

5. Os Dez mandamentos 

A grande originalidade do novo Catecismo está na exposição do Decálogo percorrendo os mandamentos, para explicar as suas obrigações
e situá-las, cada uma no seu lugar, dentro da dinâmica de perfeição que contém o apelo evangélico a seguir o Cristo.
Os dez mandamentos formam a estrutura sobre a qual se funda o ensinamento moral católico:
*Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração de toda a alma e de todo o entendimento*. Desenvolve os três primeiros mandamentos: amar
a Deus, o nome de Deus e o dia do sábado.
*Amarás o próximo como a ti mesmo*, desenvolve os outros sete mandamentos.

IV - O QUE A IGREJA ORA

A oração cristã  - Introdução geral à oração, apresentação do Pai-nosso como modo referencial. É a fé rezada, pessoal e
comunitariamente. Retoma-se a dimensão litúrgica.
Esta parte tem como objetivo despertar e nutrir a inteligência da fé; ela requer ser lida orando: *A beleza da oração não se aprende nem
sequer do ensinamentos dos outros. Ela tem o seu mestre em si mesma, Deus que dá a oração a todo aquele que reza*.

1. A oração na vida cristã 

A revelação da oração - vocação universal à oração. Começa por uma pergunta: O que é a oração? Depois passa a analisar a
oração no Antigo Testamento, a oração no Novo Testamento e a oração no tempo da Igreja.
A tradição da oração  - Aborda estas temáticas: as fontes da oração.
A vida de oração - São abordados duas temáticas: as expressões da oração e o combate da oração.

2. A oração do Senhor: *Pai, nosso* 

A igreja recebeu do Senhor o dom da oração e a tarefa de ensinar a orar. O Pai-nosso, como oração própria dos cristãos, pertence ao *deposito da fé*, trasmitido pel Escritura e pela Tradição.